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alterações

                        climáticas

Milagros Bonacchi

Causas

 

São inúmeras as causas que promovem e aceleram as mudanças climáticas.

 

Uma das causas naturais mais recorrentes das alterações climáticas são alterações na luminosidade solar e movimento da órbita da Terra em torno do Sol. Na nossa atmosfera, um grande número de gases estão presentes. Em primeiro lugar temos o vapor de água, e o segundo mais importante é o CO2.

 

Como qualquer gás, que é emitido em muitos processos, tanto humanos como naturais, o problema surge quando é emitido pelas indústrias para a atmosfera a uma velocidade mais rápida do que pode ser reabsorvido naturalmente, desequilibrando o ciclo natural do carbono.

Junto com o metano (CH4), o óxido nitroso (N2O), os clorofluorcarbonetos (CFC), os hidrofluorcarbonetos (HFC), os perfluorcarbonetos (PFC), o hexafluoreto sulfúrico (SF6) e o ozono (O3), absorvem e reenviam a energia do Sol. O efeito de estufa natural aumenta a temperatura da superfície da Terra a partir de -18 °C a 14 °C.

 

A combustão de carvão, petróleo e gás, com o objetivo final de produção de energia na nossa vida quotidiana, produz dióxido de carbono e óxido nitroso.

 

O desmatamento de florestas tropicais, provenientes de mudanças no uso do solo: as árvores absorvem CO2 da atmosfera e, assim, ajudam a regular o clima.

Se elas são cortadas, esse efeito benéfico é perdido e o carbono armazenado nas árvores é libertado para a atmosfera aumentando o efeito de estufa.

 

O desenvolvimento intensivo de criação de animais: vacas e ovelhas produzem grandes quantidades de metano durante a digestão.

 

Os fertilizantes azotados utilizados na agricultura, que produzem emissões de óxido nitroso para a atmosfera.

 

 

Consequências

 

Elas são numerosas e têm lugar em diferentes cantos do mundo.

 

Devido a um aumento gradual da temperatura da superfície, as calotas polares estão a derreter e a água expande-se quando aquecida e os oceanos absorvem mais calor do que a terra, provocando a elevação do nível do mar.

 

Haverá cada vez mais inundações e erosão nas zonas costeiras e de baixa altitude devido ao aumento crescente do nível do mar. Isso também causa uma deterioração progressiva dos recursos hídricos. Ou seja, haverá menos água disponível para a agricultura, para a produção de alimentos, para beber ou tomar banho.

 

Lugares onde normalmente chove ou neva muito podem aquecer e ficar secos. Lagos e rios podem também secar, por ex., o Lago Poopó, o segundo maior na Bolívia, secou completamente em parte devido às alterações climáticas.

Secas mais prolongadas bem como ondas de calor prejudicam a agricultura e a pecuária.

 

Muitas plantas e animais em risco de extinção são forçados a migrar em busca de alimento, podendo ocorrer competição entre espécies por nicho ecológico, com invasão de habitat de espécies locais podendo mesmo tornarem-se pragas para os seres humanos.

 

Furacões, tornados e tempestades causados por mudanças na temperatura da água e evaporação irão ocorrer com mais regularidade.

 

Na Europa meridional e central são cada vez mais as ondas de calor, os incêndios florestais e as secas. A região do Mediterrâneo está a tornar-se uma região mais seca o que a torna ainda mais vulnerável à seca e aos incêndios.

 

O norte da Europa está a tornar-se claramente uma área mais húmida e podem ocorrer cheias mais frequentes no inverno.

 

As áreas urbanas, o lar de quatro em cada cinco europeus estão expostas a ondas de calor, inundações ou aumento do nível do mar, e muitas vezes não estão bem equipadas para se adaptarem às mudanças climáticas.

 

Danos materiais, nas infra-estruturas e na saúde, envolvem custos muito elevados para a sociedade e a economia.

 

Entre 1980 e 2011 as inundações afetaram mais de 5,5 milhões de pessoas e causaram perdas económicas diretas de mais de 90 mil milhões de euros.

 

Indústrias que dependem fortemente de certas temperaturas e níveis de precipitação, como a agricultura, a silvicultura, a energia e o turismo, serão particularmente afetadas.

Jorge Moreira da Silva
Jorge Moreira da Silva - Ex-Ministro do Ambiente

"Assim, é necessário colocar a ética a comandar as decisões políticas, especialmente aquelas que lidam com o bem-estar das populações. Acima de tudo, deverá ser uma ética ecocêntrica, que inclua o respeito e o cuidado pela vida geral e os sistemas que a suportam na Terra."

Fontes originales:

1) F.D. Santos, K. Forbes, R. Moita (editores) (2001). Mudança Climática em Portugal: Cenários, Impactes e Medidas de Adaptação - SIAM. Sumário Executivo e Conclusões. Lisboa: Gradiva.

2) Ana Cristina Fernandes, Miguel Déjean Guerra, Rita Ribeiro, Sofia Rodrigues et al (2015). Relatório do Estado do Ambiente 2015. Agência Portuguesa do Ambiente. Amadora.

3) Estratégia Nacional de Adaptação às Alterações Climáticas - Grupo de Trabalho sectorial Saúde Humana, (2011). Alterações climáticas: Que desafios para a Saúde? Documento de Trabalho Nº 1. Lisboa.

4) "Alterações Climáticas." WWF Portugal. WWF Portugal, n.d. Web. <http://www.wwf.pt/o_nosso_planeta/alteracoes_climaticas/>.

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